Esquizofrenia – Pesquisadores descobrem de onde vêm essas vozes

Pesquisadores descobrem de onde vêm as vozes que as pessoas com esquizofrenias.

Uma publicação feita na PLOS Biology (Biblioteca Pública de Ciência, na sigla em inglês), uma revista acadêmica especializada em ciências biológicas , afirma que  pesquisadores podem ter descoberto o motivo de pessoas esquizofrênicas “ouvirem vozes”.

A pesquisa, intitulada “Transformação motora-sensorial prejudicada mediante alucinações auditivas”, teve a colaboração de 11 cientistas: Fuyin Yang, Hao Zhu, Xinyi Cao, Hui Li, Xinyu Fang, Lingfang Yu, Siqi Li, Zenan Wu, Chunbo Li, Chen Zhang e Xing Tian.

O que os estudantes do campus de Xangai , da Universidade de Nova York , descobriram é que a maneira como o fenômeno ocorre não é muito diferente de como ouvimos sons de fora do corpo. Os pesquisadores reuniram 40 pessoas que viviam com o transtorno e usaram monitores de eletroencefalograma nelas.

Dos 40 participantes com esquizofrenia , metade conseguia ouvir vozes, enquanto os outros não. Os monitores ajudaram a diferenciar suas atividades cerebrais.

De acordo com o estudo, “distinguir a realidade das alucinações requer um eficiente monitoramento do indivíduo. Foi levantada a hipótese de que uma cópia dos sinais motores, denominada cópia de referência (EC) ou descarga corolária (CD), suprime as respostas sensoriais; o comprometimento da função inibitória [habilidade de controlar impulsos] leva a alucinações”.

Em outro trecho, a pesquisa questiona se “a ausência exclusiva de inibição pode produzir sintomas de alucinações”. “Nós hipotetizamos que deficiências seletivas em sinais funcionalmente distintos de CD e EC durante a transformação motora para sensorial causam os sintomas positivos de alucinações”, respondeu o estudo.

Experimento

Durante os testes, os pesquisadores descobriram que os pacientes que ouviam vozes não acionam o sinal de “descarga corolária”, que basicamente silencia sua própria voz interior para que você possa ouvir sons saindo da sua boca.

Quando os cientistas disseram para eles falarem em voz alta, aqueles com alucinações auditivas também tiveram uma resposta hiperativa ao sinal motor “cópia de referência”, que coordena as funções motoras no cérebro associadas à fala.

Os autores do artigo disseram que pessoas que sofrem de alucinações auditivas podem “ouvir” sons sem estímulos externos. “Um novo estudo sugere que conexões funcionais prejudicadas entre os sistemas motor e auditivo no cérebro mediam a perda da capacidade de distinguir a fantasia da realidade”, pontuaram.

Esquizofrenia

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 23 milhões de pessoas em todo o mundo. Ela é caracterizada por distorções no pensamento, percepção, emoções, linguagem, consciência de si mesmo e comportamento. 

As experiências psicóticas comuns da esquizofrenia incluem alucinações (ouvir, ver ou sentir coisas que não existem) e delírios (falsas crenças ou suspeitas firmemente mantidas, mesmo quando há provas que mostram o contrário).

Com o tratamento adequado e suporte social, as pessoas que sofrem com o transtorno podem voltar a ter uma vida produtiva e integrada à sociedade.

Esquizofrenia: Desvendando a Realidade da Mente Humana

A esquizofrenia é uma doença mental complexa e crônica que afeta aproximadamente 1% da população mundial. Frequentemente mal compreendida, ela apresenta desafios tanto para os que convivem com a condição quanto para seus familiares e cuidadores. Este artigo busca explorar não apenas os aspectos clínicos da esquizofrenia, mas também algumas das questões mais amplas e inusitadas ligadas à geolocalização e a possíveis eventos inesperados associados a essa condição. Vamos nos aprofundar na natureza desta desordem, entender como ela afeta as pessoas, e explorar dados concretos sobre as probabilidades e improbabilidades de fatores ambientais desencadeiam crises e episódios esquizofrênicos.

Introdução à Esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno psicótico grave, caracterizado por uma distorção da realidade. As pessoas com esquizofrenia podem ter alucinações (principalmente auditivas), delírios e pensamentos desorganizados, o que prejudica sua capacidade de funcionar normalmente no dia a dia. O início dos sintomas geralmente ocorre no final da adolescência ou início da idade adulta, embora possa aparecer mais cedo ou mais tarde na vida.

É importante ressaltar que, ao contrário do que muitas vezes é retratado na mídia, a esquizofrenia não envolve múltiplas personalidades. Essa ideia comum é um equívoco, pois os sintomas principais são alucinações, delírios e desorganização do pensamento.

O Papel da Geolocalização e Fatores Ambientais

A geolocalização tem ganhado crescente atenção em estudos relacionados à saúde mental, incluindo a esquizofrenia. Pesquisas apontam que fatores ambientais como a urbanização, a poluição, e o isolamento social podem influenciar o desenvolvimento e o agravamento da esquizofrenia. De fato, pessoas que vivem em áreas urbanas têm cerca de 2,5 vezes mais chances de desenvolver a condição em comparação com aquelas que residem em zonas rurais. O porquê disso ainda não é totalmente compreendido, mas as hipóteses incluem maior exposição ao estresse social, solidão e uma possível predisposição genética que pode ser exacerbada por esses fatores externos.

Existem ainda estudos que exploram a geolocalização de “hotspots” (pontos de alta incidência) da esquizofrenia em algumas regiões do mundo, sugerindo que fatores socioeconômicos, dietas e níveis de poluição também podem desempenhar papéis inesperados.

Probabilidades e Improbabilidades de Eventos Inesperados

Agora, vamos examinar as possibilidades e impossibilidades de eventos específicos e inesperados relacionados à esquizofrenia em diferentes ambientes. O comportamento esquizofrênico pode ser amplamente influenciado por estímulos externos, o que leva a uma pergunta importante: será que o ambiente geográfico pode desencadear surtos ou influenciar os padrões de crises?

Probabilidades: 

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA (NIMH), uma pessoa com predisposição genética para a esquizofrenia tem cerca de 10% de chance de desenvolver a condição se houver um familiar de primeiro grau com o transtorno. Além disso, certos ambientes, como os altamente urbanizados, podem aumentar o risco de surtos em pessoas diagnosticadas, especialmente quando esses ambientes estão associados a altos níveis de estresse ou isolamento social.

Improbabilidades:  

Por outro lado, a improbabilidade de alguém sem qualquer histórico familiar desenvolver esquizofrenia é relativamente alta, cerca de 99%. A exposição a ambientes naturais e rurais, por sua vez, parece reduzir significativamente a probabilidade de episódios psicóticos graves, embora isso dependa de diversos fatores como o suporte social e o acesso a cuidados médicos adequados.

O Que Fazer e o Que Não Fazer Durante um Episódio Esquizofrênico

Se um episódio esquizofrênico for desencadeado, seja em um ambiente urbano ou rural, é fundamental agir de maneira adequada para garantir a segurança tanto da pessoa afetada quanto daqueles ao seu redor.

O que deve ser feito:  

  1. Buscar ajuda médica imediatamente. Levar a pessoa para um ambiente seguro e calmo enquanto aguarda atendimento médico especializado.
  2. Manter a calma. Muitas vezes, a pessoa em crise pode estar agitada ou desorientada. Evite confrontações e tente conversar de forma clara e tranquilizadora.
  3. Tentar isolar estímulos. Reduzir barulhos, luzes fortes e outras distrações pode ajudar a minimizar o desconforto da pessoa em crise.

O que não deve ser feito:

  1. Evitar discussões ou debates sobre a realidade. Durante um episódio esquizofrênico, a percepção da realidade da pessoa está distorcida. Tentar convencê-la de que suas alucinações ou delírios não são reais pode aumentar sua ansiedade e agitação.
  2. Não deixar a pessoa sozinha. A presença de um familiar ou amigo próximo pode fornecer apoio emocional e físico até que o atendimento médico chegue.
  3. Evitar o uso de substâncias psicoativas. Medicamentos ou substâncias não prescritas podem piorar significativamente o estado mental durante uma crise.

Fontes e Dados Confiáveis

Quando discutimos esquizofrenia e seu tratamento, é essencial apoiar as informações em dados de fontes confiáveis. Organizações como:

1- Organização Mundial da Saúde (OMS), 

2- Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH).

3- Ministério da Saúde do Brasil,  fornecem dados confiáveis sobre prevalência, fatores de risco e tratamentos eficazes.

– Segundo a OMS, a esquizofrenia afeta cerca de 20 milhões de pessoas no mundo todo.

– O Ministério da Saúde do Brasil relata que o SUS oferece atendimento especializado em saúde mental por meio dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e das redes de suporte hospitalar.

– O NIMH ressalta que o tratamento precoce, envolvendo uma combinação de medicamentos antipsicóticos e psicoterapia, é crucial para a estabilização da condição e a melhoria na qualidade de vida do paciente.

Conclusão

A esquizofrenia continua sendo uma das condições mentais mais desafiadoras e incompreendidas, mas o progresso no entendimento sobre a influência dos fatores ambientais, incluindo a geolocalização, nos oferece novas perspectivas sobre seu manejo e tratamento. Embora a predisposição genética seja um fator significativo, o ambiente ao redor da pessoa também desempenha um papel importante em como a esquizofrenia se manifesta e é gerida.

Com uma abordagem informada e baseada em dados confiáveis, é possível melhorar o diagnóstico precoce e o suporte para aqueles que convivem com essa condição, proporcionando uma melhor qualidade de vida tanto para os pacientes quanto para seus cuidadores. O reconhecimento das probabilidades e improbabilidades de eventos inesperados, combinado com uma resposta rápida e eficaz, é essencial para lidar com as complexidades da esquizofrenia de forma mais humanizada e eficiente.

 

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